MILTON NASCIMENTO – MARIA MARIA

R$455,00

Maria Maria, de Milton Nascimento, gravado em 1976 e inédito até quase trinta anos depois, o álbum foi escrito como trilha sonora de um balé que abordava o legado da escravidão no Brasil. Cru, atmosférico e emocionalmente carregado, Maria Maria revela um dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos em seu auge criativo.

Em estoque

SKU: 5060114368170 Categorias: , ,
Descrição

Maria Maria, de Milton Nascimento, gravado em 1976 e inédito até quase trinta anos depois, o álbum foi escrito como trilha sonora de um balé que abordava o legado da escravidão no Brasil. Cru, atmosférico e emocionalmente carregado, Maria Maria revela um dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos em seu auge criativo. Apresentando um elenco de estrelas de lendas brasileiras, incluindo Nana Vasconcelos, João Donato, Paulinho Jobim e membros do Som Imaginário, Maria Maria contém o que Milton considera serem as versões definitivas de alguns de seus clássicos, incluindo ‘Os Escravos De Jó’ e ‘Maria Maria’. Originalmente lançado em 2003 como um pacote de CD duplo, com a trilha sonora do balé seguinte de Milton Nascimento, de 1980, Ultimo Trem, Maria Maria estará disponível em vinil pela primeira vez a partir de dezembro de 2019, com Ultimo Trem previsto para lançamento em vinil no início de 2020.

Milton Nascimento possui uma das vozes mais reconhecidas da música brasileira: aguda, doce e tão sublime quanto a de qualquer cantor de soul. Foi por essa voz que a lendária cantora brasileira Elis Regina se apaixonou em 1964, ao ouvir Milton interpretar sua canção “Canção do Sal” em uma festa particular em São Paulo. Ellis gravou a canção em 1967, dando a Milton seu primeiro sucesso no Brasil e dando início a uma carreira que já dura mais de 50 anos.

Nascido no Rio em 26 de outubro de 1942, Milton mudou-se com seus pais adotivos aos 18 meses de idade para Três Pontas, uma cidade do interior de Minas Gerais, a 800 quilômetros ao norte do Rio. Iniciou sua carreira musical ainda adolescente, cantando num estilo crooner que aprendeu ouvindo cantores brasileiros e grupos americanos como The Platters no rádio. Ansioso por mais oportunidades de se apresentar, Milton mudou-se para Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, aos 20 anos. No início dos anos 60, Milton já havia se destacado como cantor e violonista talentoso.

Milton tornou-se parte de uma rede local de músicos, cineastas, dançarinos, diretores de teatro e escritores, que incluía o jornalista e compositor Fernando Brant, bem como o letrista Márcio Borges e seu irmão mais novo, Lo Borges. Juntos, esses quatro escreveram e produziram o que se tornaria o álbum mais marcante de Milton, “Clube da Esquina”. A originalidade de “Clube da Esquina” moldou a cena local e reflete a essência do “Som do Nascimento”. A educação religiosa de Milton como católico afro-brasileiro o expôs à música coral sacra desde cedo. Seu amor por esse gênero musical é evidente tanto em seus arranjos de falsete celestial quanto em seus arranjos vocais para corais. Esta coleção também demonstra seu fascínio precoce por canto evocativo, não verbal e scat, trabalho de violão harmônico e esparso, e música folclórica local, jazz e rock.

Em 1976, Milton e Fernando Brant se uniram a uma nova companhia de dança contemporânea chamada Grupo Corpo, cujo coreógrafo argentino Oscar Araiz se tornaria um colaborador dos dois músicos. Juntos, eles conceberam um espetáculo baseado na história de vida composta da filha de uma escrava negra chamada Maria. Nascimento compôs a música para a letra de Brant e “Maria Maria” estreou no teatro principal do Palácio das Artes de Belo Horizonte naquele ano. “Fernando escreveu a letra para o balé, mas originalmente não havia letra para a música tema, ‘Maria Maria'”. Milton e Fernando trabalharam na letra juntos, baseando-a em histórias folclóricas sobre mulheres negras do campo. Milton acrescenta: “Essas memórias são principalmente coisas que testemunhamos – Fernando e eu – em vez do que nós mesmos vivenciamos.

A música de Milton é impressionista, emocional e romântica. Baseando-se em canções sem letras, bem como em vocalizações e refrões evocativos, Milton experimentou intensamente com percussão afro-brasileira e sons da selva gravados. Seu método de composição para essas gravações era altamente não convencional: “Eu compus a música para ‘Maria Maria’ em um minúsculo apartamento no Rio com amigos e seus filhos correndo e se divertindo! Adoro estar em lugares barulhentos, cercado de pessoas”, diz ele. A música de ‘Maria Maria’ foi tocada por um grupo impressionante de jovens músicos que hoje são nomes conhecidos da música brasileira, incluindo Naná Vasconcelos (percussão e efeitos), Toninho Horta (guitarras) e Paulo Moura (sax). Vários vocalistas, incluindo Naná Caymmi, Fafá de Belém, Beto Guedes e o próprio Milton, tiveram sucessos nos anos seguintes com regravações dessas músicas.

Milton diz que suas composições seguem suas visões “como um filme”, ​​e acredita que isso reflete sua longa relação de amor com o cinema. “Só comecei a compor porque gostava muito de cinema”, diz ele. “Escrevi minha primeira música, “Paz para o Amor que Virá”, depois de assistir a ‘Jules et Jim’ (o filme cult francês dos anos 60 dirigido por François Truffaut), com meu amigo Marcio Borges. Fomos de manhã cedo e assistimos quatro ou cinco vezes seguidas, depois fomos à casa do Márcio e compusemos a música.”

As músicas também incluem trechos solos falados musicados, claramente influenciados por esse estilo de cinema de arte francês. Na faixa-título, a história de Maria é narrada e traduzida para a música através do uso de percussão africana, tambores e metais, simbolizando as ferramentas escravas da época. “Trabalhos” corre ao som de ritmos de trabalho e estalos de chicote: sem palavras, apenas dor. “Lília” documenta o espancamento da escrava. Depois de ‘A Chamada’ e do triunfante ‘Era Rei e Sou Escravo’, as coisas começam a mudar e Milton emprega gritos da selva tropical para simbolizar a liberdade. ‘Santos Católicos x Candomblé’ representa a batalha entre as religiões africana e europeia por meio da música de ambos os lados. O falsete celestial de Milton se derrama em ‘Francisco’ e ‘Pai Grande’, e o excelente ‘Eu Sou Uma Preta Velha Aqui Sentada no Sol’ evoca imagens de uma velha sentada nas profundezas da floresta, suas memórias pintadas em tambores, piano e vozes.

Informação adicional
Peso 0,9 kg
Dimensões 33 × 33 × 3 cm
Embalagem LACRADO

LACRADO

Estado

LABEL

FAR OUT RECORDINGS

Tamanho

Avaliações (0)

Avaliações

Não há avaliações ainda.

Seja o primeiro a avaliar “MILTON NASCIMENTO – MARIA MARIA”

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Shipping & Delivery